O artigo abaixo é da autoria de Carmem Almeida (carmemuesb@hotmail.com)
e Maine Souza (br.ciclo@hotmail.com),
Sobre a escrita inventiva de Agatha Christie.
Um prazerosa leitura á todos!
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O SUSPENSE LINGUÍSTICO NA ESCRITA DE AGATHA CHRISTIE
Carmem
Almeida
Maine
Souza
A renomada escritora britânica Agatha
Christie (1890-1976), produziu uma obra vasta e única na sua essência. Não
obstante, recebeu o título de Dama da Ordem do Império Britânico, em 1971. A
autora constrói a trama de uma maneira muito singular, extremamente particular
que o leitor fica tentado à ‘’montar o quadro’’: escritores de crime policial e
Agatha Christie. A Rainha da Morte (como também é conhecida em muitos países), criou
uma linguagem sustentada na linearidade, jogo de palavras, montagem de ideias e
o mais angustiante suspense que já se tem história, tanto que A.C está em 3º
lugar na lista dos autores mais traduzidos no mundo, perdendo apenas para a
Bíblia e Shakespeare.
No lançamento do seu 1º livro, já aos 30
anos, o mundo pôde conhecer a engenhosidade do detetive belga Hercule Poirot, pela
obra ‘’O Misterioso caso de Styles’’. Personagem este, que se fez presente na maioria
das sucessivas tramas de Christie. O livro em questão, que foi escolhido como
objeto de estudo pelas pesquisadoras, engendra o período da 1ª Guerra Mundial,
tendo como ‘’local do crime’’ uma famosa mansão, na aldeia (Styles). Como um
bom crime policial, o enredo é repleto de muito mistério e suspense, jogo que
por ser o 1º trabalho da autora, foi muito bem construído; no livro, temos
acesso a mapas, pistas, testamentos... Como o próprio narrador-personagem
Hastings ressalta, é um relato de caso, simulando um relatório policial, de
fato. O poder de sedução linguístico da Duquesa da Morte se registra na
temporalidade dos acontecimentos, na forma incomum que os crimes acontecem, na
possibilidade de que todos são suspeitos e nas várias interpretações que se
pode atribuir ao ‘’caso’’ como um todo.
O leitor, mesmo que não tenha intimidade
com a escrita de Christie, ainda que lendo pela 1ª vez, vai perceber como a
cada momento, surge um ‘’culpado’’. Enquanto não chegar ao desfecho, a autora
cria e recria inúmeras análises de como o crime ocorreu, com quem, por onde,
que horas, enfim, todos os quesitos que envolvem o acontecido, estão passíveis
de muitas leituras. Também se verifica na obra da britânica um vasto conhecimento
sobre o comportamento humano, já que é recorrente o narrador comentar sobre os
personagens, suas possíveis angústias, expectativas e porque não, motivos pra
matar.
O nome Agatha Christie, por si só, já é emblemático.
Temos aqui uma mulher que com tudo pra se submeter a ditames da época, ficar
impassível à traição do marido (ver mais sobre isso no 1º post sobre ela, aqui
no blog!), aceitar o destino de uma vida pacata e sem muitos holofotes,
revolucionou a crítica com sua ousadia e talento únicos. Registrou com audácia
e humildade na história da literatura, como e porque merece ser lida.
Referências:
http://www.lpm-agathachristie.com.br/site/default.asp?TroncoID=805280&SecaoID=0&SubsecaoID=0
http://maedemenina.spaceblog.com.br/1259389/A-maravilhosa-escritora-AGATHA-CHRISTIE-e-seu-mundo-real-e-imaginario/
Referências:
http://www.lpm-agathachristie.com.br/site/default.asp?TroncoID=805280&SecaoID=0&SubsecaoID=0
http://maedemenina.spaceblog.com.br/1259389/A-maravilhosa-escritora-AGATHA-CHRISTIE-e-seu-mundo-real-e-imaginario/
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