domingo, 12 de fevereiro de 2012

Artigo de conclusão [Agatha Christie]

Depois de leituras, discussões e apresentações orais, os pesquisadores foram convidados a produzir um artigo sobre suas respectivas autoras estudadas, a fim de que pudessem concretizar sua análise e conjetura relacionando com as críticas expostas no grupo.


O artigo abaixo é da autoria de Carmem Almeida (carmemuesb@hotmail.com) 
e Maine Souza (br.ciclo@hotmail.com),
Sobre a escrita inventiva de Agatha Christie.

Um prazerosa leitura á todos!
-------------------------------------------------------



O SUSPENSE LINGUÍSTICO NA ESCRITA DE AGATHA CHRISTIE
  
Carmem Almeida
Maine Souza


    A renomada escritora britânica Agatha Christie (1890-1976), produziu uma obra vasta e única na sua essência. Não obstante, recebeu o título de Dama da Ordem do Império Britânico, em 1971. A autora constrói a trama de uma maneira muito singular, extremamente particular que o leitor fica tentado à ‘’montar o quadro’’: escritores de crime policial e Agatha Christie. A Rainha da Morte (como também é conhecida em muitos países), criou uma linguagem sustentada na linearidade, jogo de palavras, montagem de ideias e o mais angustiante suspense que já se tem história, tanto que A.C está em 3º lugar na lista dos autores mais traduzidos no mundo, perdendo apenas para a Bíblia e Shakespeare.
    No lançamento do seu 1º livro, já aos 30 anos, o mundo pôde conhecer a engenhosidade do detetive belga Hercule Poirot, pela obra ‘’O Misterioso caso de Styles’’. Personagem este, que se fez presente na maioria das sucessivas tramas de Christie. O livro em questão, que foi escolhido como objeto de estudo pelas pesquisadoras, engendra o período da 1ª Guerra Mundial, tendo como ‘’local do crime’’ uma famosa mansão, na aldeia (Styles). Como um bom crime policial, o enredo é repleto de muito mistério e suspense, jogo que por ser o 1º trabalho da autora, foi muito bem construído; no livro, temos acesso a mapas, pistas, testamentos... Como o próprio narrador-personagem Hastings ressalta, é um relato de caso, simulando um relatório policial, de fato. O poder de sedução linguístico da Duquesa da Morte se registra na temporalidade dos acontecimentos, na forma incomum que os crimes acontecem, na possibilidade de que todos são suspeitos e nas várias interpretações que se pode atribuir ao ‘’caso’’ como um todo.
    O leitor, mesmo que não tenha intimidade com a escrita de Christie, ainda que lendo pela 1ª vez, vai perceber como a cada momento, surge um ‘’culpado’’. Enquanto não chegar ao desfecho, a autora cria e recria inúmeras análises de como o crime ocorreu, com quem, por onde, que horas, enfim, todos os quesitos que envolvem o acontecido, estão passíveis de muitas leituras. Também se verifica na obra da britânica um vasto conhecimento sobre o comportamento humano, já que é recorrente o narrador comentar sobre os personagens, suas possíveis angústias, expectativas e porque não, motivos pra matar.
    O nome Agatha Christie, por si só, já é emblemático. Temos aqui uma mulher que com tudo pra se submeter a ditames da época, ficar impassível à traição do marido (ver mais sobre isso no 1º post sobre ela, aqui no blog!), aceitar o destino de uma vida pacata e sem muitos holofotes, revolucionou a crítica com sua ousadia e talento únicos. Registrou com audácia e humildade na história da literatura, como e porque merece ser lida. 


Referências:
http://www.lpm-agathachristie.com.br/site/default.asp?TroncoID=805280&SecaoID=0&SubsecaoID=0
http://maedemenina.spaceblog.com.br/1259389/A-maravilhosa-escritora-AGATHA-CHRISTIE-e-seu-mundo-real-e-imaginario/







Nenhum comentário:

Postar um comentário